Histórias de Pequim Round 2 Alguém disse que queria ouvir as histórias seguintes, e eu de repente pensei em pegar aqueles momentos fragmentados em Pequim, um por um, e escrever sobre eles. Em Pequim, há um "grande calção", e perto dele há um restaurante muito famoso chamado Fuluo·Bistro. Naquela época, eu queria muito ir lá e tirar uma foto sorrindo com o cenário noturno do CBD ao fundo, postando no meu círculo de amigos para fingir que estava vivendo uma vida de sucesso. Depois, ao ver o preço médio no Dazhong Dianping, fechei a página silenciosamente, pensando "muito caro". Depois disso, nunca mais consegui ir. Sempre achei que ainda teria oportunidades, mas acabei procrastinando tanto que até o desejo de ir se desfez. O lugar onde trabalhei chamava-se Modernista, e todos a chamavam de "Lao Mo". Escondido na Hutong Baocao, havia muitos estrangeiros, como se fosse uma pequena utopia que surgiu de repente no fundo da hutong. Piso em preto e branco, um antigo bar de madeira, a escada rangia ao subir, e lá embaixo havia um pequeno teatro, com jazz, swing e flamenco se revezando. Naquela época, depois do trabalho, eu ia tomar um drink e sentia que todo o meu corpo relaxava, como se estivesse temporariamente escapando da realidade de Pequim. Do lado do Gu Lou, no final da rua, havia uma loja chamada Xiongji Chao Shou. O sabor mais autêntico era quando eu saía do bar de madrugada, com fome, pulando e correndo, o vento soprando no rosto, entrando na pequena loja para sentar. Uma tigela de Chao Shou com molho vermelho quente era servida, o óleo picante flutuando, e ao dar a primeira mordida na massa fina e recheio suculento, era como se a alma fosse resgatada. Depois, quando voltei, não importava como eu comia, não tinha mais aquele sabor. No ano passado, eu arrastei um amigo, insistindo que ele me levasse para reviver isso, e no final, nós dois nos olhamos sem saber o que dizer — não era o Chao Shou que havia mudado, éramos nós que não éramos mais aquelas pessoas que estavam tão famintas e congeladas que batiam os pés. O Gongti e o Wudaokou são duas noites completamente diferentes. O Gongti tem o Senhor Shisan, One Third, e naquela época o Gongti era mais popular do que o in11 de hoje, as luzes piscando, todos pulando juntos, jovens o suficiente para furar o céu. Depois, quando voltei àquela rua do Gongti, vi apenas underground, com fumaça por toda parte, e o Element das minhas memórias já havia se tornado as lágrimas de uma era. O Wudaokou, por outro lado, é o reino dos estudantes, com fileiras de bares baratos, cerveja a preços acessíveis, e as conversas nunca terminam. A vida noturna de Pequim é vivida nessa comparação entre o caro e o barato, o brilhante e o escuro, criando um sabor único. Eu também adorava comer pato assado e frutas cristalizadas, além da sopa de pera. A carne de pato fatiada enrolada em uma panqueca fina, crocante e suculenta ao morder; no inverno, comprando uma串 de frutas cristalizadas na rua, a cobertura crocante no vento frio, azeda e doce, atingindo o fundo do coração. O inverno em Pequim é gelado até os ossos, envolvendo-me no casaco, andando pela rua, mastigando algo gelado, mas me sentindo inexplicavelmente feliz. Esses lugares que não consegui visitar, esses sabores que não posso mais recuperar, são pequenos presentes que Pequim me deu silenciosamente. Com um pouco de arrependimento, mas exatamente o suficiente para ser lembrado por toda a vida.