Avaliação brutal — mas precisa — dos resultados das políticas do primeiro ano de Trump por @wsj_douglasj e @JonathanEmont do WSJ 1/
"Excluindo as importações de energia, alimentos e matérias-primas, a China está no caminho este ano para registrar um superávit em bens manufaturados de cerca de 2 trilhões de dólares, uma quantia enorme que está no mesmo nível da renda nacional anual da Rússia ou da Itália" 2/
Existem algumas razões pelas quais as tarifas não prejudicaram a economia chinesa baseada em exportações e manufatura a primeira é que as exportações chinesas para a Europa explodiram mesmo com produtos europeus sendo espremidos do próprio mercado chinês 4/
A segunda é que importadores dos EUA e chineses conseguiram contornar as tarifas bilaterais dos EUA ao fazer a montagem final no Sudeste Asiático e em Taiwan. O que é enviado para Saigon não fica em Saigon 5/
A terceira é que a desvalorização real da taxa de câmbio da China (15-20% nos últimos anos) teve o impacto esperado nas exportações chinesas (coeficientes padrão indicam um aumento de 2,5 a 3 pontos percentuais nas exportações líquidas... que se concretizou) 6/
A regra Setser — volumes de exportação chineses superam o comércio global na ausência de uma valorização real — tem se mantido (e as previsões do FMI, que ignoraram as regras práticas padrão do RER, estavam completamente erradas) 7/
Mas não há sinais de que a administração Trump reconheça essa mudança — ou perceba os limites de uma abordagem de ir sozinho para tarifar a China. Parece que está prestes a um ano de cúpulas e concessões, não de negociações teimosas sobre as questões que realmente importam 9/
@jeffis48 @wsj_douglasj @JonathanEmont Administração não perseguiu o tipo de políticas necessárias para revitalizar a manufatura nos EUA — e sua suposição de que tarifas poderiam resolver todos os problemas econômicos internacionais se mostrou falsa. A China é um problema global maior agora do que era antes do início das tarifas.
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