Agência é o recurso escasso. As ferramentas são abundantes. Informação é barata. Coordenação é fácil. Nada disso muda a realidade por si só. A agência tem. A agência é decidir quando não há provas, agir quando os resultados são incertos e se manter responsável depois que o resultado aparece. É a recusa em devolver a responsabilidade ao sistema quando as coisas ficam desconfortáveis. O trabalho moderno silenciosamente drena a agência de tudo. As decisões são enriquecidas com consenso. O risco é suavizado em processo. A posse fica confusa até que ninguém consegue apontar para um ser humano e dizer: "Isso existe por causa deles." Você pode passar anos nesse ambiente e nunca mover o mundo nem um centímetro. É por isso que as organizações acumulam pessoas inteligentes e ainda assim parecem inertes. A inteligência escala. Agência não. Concentra-se em algumas poucas pessoas dispostas a tomar uma atitude irreversível e viver com as consequências. A criação só acontece onde essa concentração existe. As pessoas que importam não são as mais articuladas nem as mais alinhadas. São eles que transformam a ambiguidade em algo real e aceitam o que volta da realidade sem desviar a realidade. Todo produto, sistema ou empresa significativo é construído por um pequeno número de pessoas que carrega mais agência do que seria confortável por mais tempo do que parece razoável. Todo o resto é trabalho de apoio.